APOENA | Folheto didático de Ensino de Filosofia

01.07.2021 Apresentação Embalados por acordes de resistência   PDF (clique e baixe o Folheto)     A Música é sinônimo de vida, um de seus desdobramentos. Como pulsa o nosso peito se não em um ritmo compassado? Como não reagir a um som melódico? Como resistir ao impulso de acompanhar com a cabeça, mãos, pernas e, no fim, com todo corpo aquela música festiva? A música, ainda no sofrer, na dor ou na morte, pelo menos, tangencia a vida, porque recorda um momento vivo (vivido), um existente agora ausente, um passado que no recordar da memória se faz presente. Música quando não é a própria sensação, a amplifica. Já a Filosofia, entendida como pausa de reflexão, busca tornar compreensível e comunicável o que a música faz sensível. Então, elas se desencontram e não se relacionam? Penso que não, Música e Filosofia são expressões de nossa humanidade e não se encontram em cantos diferentes. Talvez não tenhamos hábito de refletir de cara uma letra, sobretudo quando embalados

  30.04.2021   PDF (clique e baixe o Folheto)   Apresentação Pequenos afluentes da torrente filosófica   Neste Abril completamos um ano do projeto APOENA. Com o 11º Folheto didático de Ensino de Filosofia publicado, levamos adiante uma resposta ao espanto por nós sentido em 2020, quando o vírus pandêmico instalado, provocou reviravoltas no curso da realidade conhecida. Uma destas atingiu nossas comunidades escolares em cheio, não era recomendado (segue não sendo) que nos juntássemos, em canto algum, menos ainda na escola. Afinal, não chega a ser novidade que os nossos colégios, muitas deles, são compostos por salas de aulas com 35, 40 estudantes por turma, e que, em boa parte, a infraestrutura está longe da ideal... (pausa na lista de motivos). Nós, professores que compusemos o APOENA, talvez partilhássemos de uma sensação: “Poxa, não é bacana que esta ponte entre a Filosofia e a ‘galera’ (vocês, estudantes), ainda em construção, seja paralisada. Então, este contexto exig

  28.02.2021 Apresentação Pensando na morte e lutando pela vida   PDF (clique e baixe)   Morte, esta palavra entrou em nosso cotidiano repetidamente desde a Pandemia. Claro, ela já nos chamava atenção antes, mas agora está apresentada nas notícias de modo, quase, trivial: “morreram hoje...”. Diferente de estudar a História, no presente, nós experimentamos fatos que se estivessem nos livros pareceriam absurdos se desenrolando em prática banal. Exemplo, existem pessoas que NEGAM (intensamente) a pandemia, as mortes, a dor dos outros. Cabe destacar que particularmente no Brasil o vírus pandêmico encontrou uma situação muito favorável à sua propagação. Nossa desigualdade social, não de agora, é absurda: uns podem viajar ao exterior, trazendo de lá algumas cepas, outros são obrigados a trabalhar para os primeiros em troca quase que só de pão. Lembramos, ainda, que não faz muito e houve o cancelamento das Leis trabalhistas... São 15 milhões de desempregados e mais de 60 mil

  FILOSOFIA, SIGNIFICAÇÕES E SENTIDOS _______      PDF       31.12.2020 Apresentação Tragédia, vírus, lições e um novo ano   2020 termina como um ano trágico. Sem meias palavras, o mundo enfrenta, ao menos, duas paralelas tragédias provocadas por diferentes vírus, o Sars-CoV-2 e a indiferença. O primeiro, ao que tudo indica, surgiu faz pouco, não se pode dizer onde, mas já mudou bastante. O segundo, bem, não é novo, ainda assim os tratamentos para ele tem efeito semelhante aos conferidos às bactérias, a indiferença sucumbe em um primeiro momento (até batemos palmas das janelas aos profissionais da saúde) e se torna mais resistente logo depois de uma alta dose de tédio e duas de campanha eleitoral (o que faz a muitos dos que batiam palmas voltarem a bater pernas, indiferentes e sem máscara). Dos acontecimentos é sempre possível tirar lições, um convite do texto principal. Das Leituras revisitamos os nexos mais remotos, como também os recentes com que a linguagem foi fo

PDF    30.11.2020   Apresentação Cantarolando e pensando   Felicidade foi-se embora E a saudade no meu peito ainda mora A palavra felicidade muitas vezes me conduz a esta música de Lupicínio Rodrigues. Sempre me espanto com a notícia triste de que a Felicidade foi-se embora. Preparando este número, porém, foi inevitável relacionar o verso “e a saudade no meu peito ainda mora” com as reflexões do Prof. Cássio para quem a felicidade se apresenta por via negativa, a felicidade é uma falta. Falta é o que em nós dispara a saudade. Saudade, como canta a baiana Pitty “é vontade daquilo que já se sabe que gosta”. O pensamento parece uma coisa à toa Mas como é que a gente voa quando começa a pensar A felicidade é coisa para se pensar. Mais do que isso, porque no pensar solto “a gente voa” assim como quem está “à toa”. Felicidade é causa para refletir, por isso o Apoena de Novembro te convida à essa reflexão. Por isso, comece em um papo com Epicuro (Leituras), passe pelo sábio da

  FILOSOFIA AFRICANA ______________________ PDF       30.10.2020 Apresentação Filosofia e identidades   Uma marca deste número do Apoena é a questão da identidade. Ela está profundamente ligada as possibilidades que a Filosofia Africana traz. O texto principal pontua que esta Filosofia não está exclusivamente ligado ao território continental da África, mas as identidades que foram estabelecidas e são reconstruídas também por meio de um cordão da ancestralidade. Em Leituras, a identidade permeia desde a afirmação das mulheres ante a guerra que o capital lhes declarou, afirma que a terra não é plana e oferece um método aos descontes com a ideia. Em busca de um elo para a identidade brasileira, Fotografia entende que “festa” une os Brasis e sua pluralidade. PhiloPlay é quem apresenta expressões das identidades negras no hoje, enquanto na Sala 451 viajamos entre os sofrimentos e as alegrias de torna-se negro no Brasil. Reinventando a Filosofia provoca e homenageia, Mafa

  Filosofia e Memória ___________ ___ PDF Apresentação Percorrendo e fazendo a memória   – Recordar é viver. – Lembrar é jamais esquecer.   – Aprendido é qualidade do lembrado depois que o esquecimento fez seu dever. Estas frases vão de ditos populares à uma paráfrase do saudoso Rubem Alves e guardam de comum o recurso à alguma memória. Memória é um dos temas que talvez transpassem a Tradição filosófica de ponta a ponta, mas que só mais recentemente ganhou atenção dos estudiosos. Memórias, como muito na Filosofia, é tema que rende pano para manga. Aqui, você e o tema poderão dialogar à vontade. Antes que comecem, registro alegria pela chegada à equipe APOENA da profª. Ana Cristina Silva, da rede municipal de Brumado (BA). Ela passa a compor oficialmente o grupo de revisão do folheto, bem vinda! De volta a conversa, comece pelas Filosofias das recordações e perceba que o filosofar ocorre onde há alguém disposto a não aceitar as imagens do mundo como acabadas, disposto

31 Agosto 2020 Os pressupostos éticos do cuidado ambiental  ______________ PDF _ _ _ Apresentação Entre cinzas e espantos: o que temos cultivado? Antes que haja Filosofia, há espanto, admiração, curiosidade com o mundo em algum de seus aspectos. Observe, a Filosofia se faz logo depois de uma sensação de descobrimento, quando se repara que “aquilo” que sempre esteve ali – ainda que não tivéssemos notado - nos afeta. O contrário parece funcionar também. Onde não há mais esse impacto na observação da realidade, onde tanto faz, quando tudo vale (nada), o sentido que temos para o mundo se reduz às cinzas. Cinzas é ao que se tem reduzido as maiores preciosidades do nosso país. Biomas inteiros que se desenvolvem nesse chão desde antes do homem andar ereto são tratados por muitos de nós como algo desprezível, do qual sequer vale pensar, “porque madeira foi feita para queimar e árvore cresce de novo”. Nossa realidade pouco nos espanta. Nada nos comover? - Ora, se não importam mais de 100 mil pe

31 julho 2020 Filosofia e Ceticismo PDF Alguns pensadores de uma corrente filosófica muito antiga conhecida por Cética - que o Prof. Uilson apresenta no texto principal -, quando estavam diante de algumas afirmações muito firmes, de algumas certezas que se encaminhavam para “absolutas”, ficava com o “pé atrás”. Por que, afinal de contas, o que seria essa verdade que não muda (imutável) e a que nós poderíamos chegar pela observação e lembrança de nós mesmos? (reminiscência, Sócrates/Platão). Entre as sugestões desse número, temos uma – em Leituras – que nos recorda que talvez a postura cética (de “pé atrás”) tenha acompanhado a Filosofia o tempo todo. Porque, afinal de contas, em alguma medida Filosofia se confunde com dúvida.

30 junho 2020 Filosofia e Existência PDF Quando esse cenário de pandemia se afirmou, no mês de março, as especulações davam conta de que em junho o pior já teria passado, a ponto de, desde lá (março), ficarem comuns expressões como “o novo normal”, “o pós-pandemia”, “mundo pós-pandemia”. [...]  A existência é trágica por vida. Nós inventamos saídas pela Filosofia, Arte, Ciência, Religião (...) para lidarmos com isso.

31 maio 2020 Filosofia, Ética e Pandemia PDF Nesta edição dedicamos a nossa atenção à Ética e decidimos partir de Kant. O filósofo alemão era um entusiasta do Iluminismo, entendia que nós por meio da educação poderíamos chegar a uma Ética universal autónoma. Isso é, cada pessoa teria potencial para chegar, pele próprio esclarecimento, a uma máxima de ação justa, não infligindo mal nem a si nem a outro. Não deixe de ler!

30 abr. 2020 Filosofia no Ensino Médio PDF Em meio a uma  pandemia que nossa  geração não imaginava  viver, agravada em nosso  país por uma reticente  crise político-institucional, desenhada há muito,  junta-se um grupo de  professores de Filosofia, a  pouco esparramados pela  Chapada Diamantina e  decidem olhar para além- caos. Incitados pelo  momento de afastamento  social a repensar a sua  prática, tais professores,  somando os prazeres que  impulsionam a docência  em cada um, dão forma e  conteúdo a uma saída. Daí, Apoena - palavra  túpi para ‘‘aquele que  enxerga longe’’ - deixar de  ser projeto (o início),  torna-se reflexão (o fim) e  servir de instrumento (o  meio), não preocupado  com as velhas opiniões [...] (Trecho do Editorial de apresentação).