APOENA | Folheto didático de Ensino de Filosofia | ISSN 2675-5343 | V. 02 | Nº. 12 | MAIO/JUNHO 2021 - Filosofia e Música
Embalados por acordes de resistência
Folheto)
A Música é sinônimo de vida, um de seus
desdobramentos. Como pulsa o nosso peito se não em um ritmo compassado? Como
não reagir a um som melódico? Como resistir ao impulso de acompanhar com a
cabeça, mãos, pernas e, no fim, com todo corpo aquela música festiva?
A música, ainda no sofrer, na dor ou na
morte, pelo menos, tangencia a vida, porque recorda um momento vivo (vivido),
um existente agora ausente, um passado que no recordar da memória se faz
presente.
Música quando não é a própria sensação,
a amplifica. Já a Filosofia, entendida como pausa de reflexão, busca tornar
compreensível e comunicável o que a música faz sensível. Então, elas se
desencontram e não se relacionam? Penso que não, Música e Filosofia são
expressões de nossa humanidade e não se encontram em cantos diferentes. Talvez
não tenhamos hábito de refletir de cara uma letra, sobretudo quando embalados
pela melodia. Contudo, música - parente da poesia - não distante da Filosofia,
é uma maneira de experimentar, comunicar e dar sentido ao mundo.
Por isso, ainda que no triste Junho de
2021, trazemos no APOENA uma conversa que envolvem de Pitágoras até Nietzsche e
Benjamin, chegando a Tia Ciata e Mestre Bimba, embalados pela busca de Orfeu e
pela melodia de Chico Chagas em uma versão arretada do Lago dos Cisnes. Pra
começar de prosa, agradecemos a Professora e musicista Cláudia Cavalcante por
seus enleios, que nos envolvem desde as primeiras palavras.
Não nos deixando esquecer que,
respeitada a dor, rir e cantar, tocar e pensar, refletir e difundir, ainda mais
nos nossos dias, são atos de necessária resistência.
editor
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