Um dizer que agradece pela “boniteza de um sonho” [1]
Por
Márcia Mendes[2]
Pôr do Sol - Livramento de Nossa Senhora, Portal Sul da Chapada Diamantina, Bahia (Foto: Kleber Chaves) |
APOENA
– um sonho mergulhado no sonho tecido
fio a fio entrelaçados por sabores e saberes daqueles que iguais a APOENA também enxergam longe!
A
palavra APOENA carrega a força dos bravos e sábios indígenas que ancoraram suas
vidas no solo fértil também da Chapada Diamantina. Lugar que guardado de cor na
memória para embalar os dias que o sol insiste em chover.
A
Chapada Diamantina mora em mim e é nesse canto mágico da Bahia que emerge um
tear filosófico composto por jovens professores(as) de Filosofia. Sim, ainda é
possível, permanecer “grávidos” de esperança. Uma esperança rendada aos olhos
de Paulo Freire como ciranda, movimento, luta jamais como espera vã.
Foi
tocado por esse sentimento de negação à letargia que APOENA brotou das
entranhas de quem experimenta o gosto pela sabedoria e deseja compartilhar com
outros para fomentar relações dialógicas que construam significados, mas também
sentido, envolvido pelo contexto, de forma singular por cada estudante das
nossas escolas públicas da rede estadual de ensino.
APOENA
traz a palavra para o centro da linguagem. A palavra para pensar sobre a vida,
a dor, a doença nesse tempo já tão líquido e, agora, tomado por uma pandemia.
Mas apesar da dor que dilacera em nós desnudando a invisibilidade humana diante
dos “podres poderes” e revelando os fios apodrecidos de um tear que teima em
seguir de modo irrefletido, APOENA desperta num cirandar bonito para
descortinar novos modos de ler o mundo à guisa do pensamento filosófico.
Sinto-me
imensamente contemplada na ação de vocês que seguem a travessia também experimentada
por mim e parodiando as palavras do poeta Charles Baudellaire: que vocês sejam
sempre entusiasmados com o sonho, a poesia, a sabedoria, sem descanso porque
tecemos destinos com nomes e endereços e não meramente números.
Gratidão
colegas!
[1] Livro escrito por Moacir Gadotti
com prefácio escrito por Ângela Antunes
[2] Professora da rede pública estadual, hoje, atuando
na Coordenação da Educação Infantil e Ensino Fundamental na Superintendência de
Políticas para a Educação Básica - SUPED Secretaria da Educação da Bahia – SEC. Escritora e Contadora de
histórias. Mestranda em Ensino do Programa de Pós-Graduação da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.
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